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terça-feira, 14 de abril de 2015

Relatos Selvagens


  O filme é composto por seis histórias que não são interligadas, a primeira história se chama (Pasternak), e envolve uma serie de pessoas em um avião. A segunda (Las Ratas), é sobre um sujeito bem desagradável que vai jantar em uma lanchonete. A terceira (El Más Fuerte), envolve dois homens e um pneu furado. A quarta (Bombita) é sobre um homem lutando contra o sistema e a burocracia urbana. A quinta (La Propuesta), é sobre uma família lhe dando com um atropelamento. A sexta e última (Hasta que La Muerte nos Separe) é sobre um casamento.


  O diretor Damián Szifron nos presenteia com um longa espetacular do início ao fim, todas (sim todas) as seis histórias são ótimas.


  As histórias provocam um misto de reações no espectador, do riso ao choro, da empatia ao distanciamento. É um contraste entre a comédia e a tragédia.


  O que une as seis histórias são as atitudes de violência e vingança. A abertura é espetacular, assim como todo o filme. E a última história é brilhante e reúne cenas de drama, romance, tensão e suspense.


 A trama te faz refletir sobre o procedimento social dos nossos dias e como homem/mulher reagem perante as situações colocadas pelo roteiro. 


   Relatos Selvagens é um filme que vai te deixar empolgado(a) do início ao fim, e cabe apenas dizer que é uma história rápida, inteligente, envolvente e com um final extraordinário.


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Grandes Olhos


  O drama apresenta a história real da pintora Margaret Keane (Amy Adams), uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores. Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras. 


  O filme é dirigido e produzido por Tim Burton, mas o diretor colocou pouco de sua personalidade no longa, parece que ele pegou apenas uma história que já é extraordinária por si só, e montou com atores e cenário.


  O drama é convencional demais, apenas mostra oque já conhecíamos da história de Margaret Keane. Temos apenas relatos jornalísticos da vida do casal. 


 Amy Adams faz o papel que sempre fez em sua carreira o de mulher frágil, Christoph Waltz exagera e muito na sua atuação, fornecendo alguns momentos vergonhosos.


  A fotografia é boa para mostra uma trama de época, a trilha sonora é maravilhosa, principalmente as canções originais cantadas por Lana Del Rey.


  Há cenas em que Margaret começa a ver olhos gigantescos nas pessoas ao seu redor, são cenas perturbadoras e criativas que precisavam ter aparecido mais.


  Mas Grandes Olhos não deixa de ser um filme gostoso de se ver, é mais uma espécie de telefilme que qualquer diretor poderia desenvolver. É apenas uma história interessante retratada na telona.


domingo, 12 de abril de 2015

Velozes & Furiosos


  Após os acontecimentos em Londres, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe tiveram a chance de voltar para os Estados Unidos e recomeçarem suas vidas. Mas a tranquilidade do grupo é destruída quando Ian Shaw (Jason Statham), um assassino profissional, quer vingança pela morte de seu irmão. Agora, a equipe tem que se reunir para impedir este novo vilão. Mas dessa vez, não é só sobre ser veloz. A luta é pela sobrevivência. Parece uma sinopse de um dos filmes do Missão Impossível, mas é mais um longa da franquia Velozes & Furiosos.



  O que o filme passa é o exagero, tanto nas cenas de ação como nas dramáticas. Um dos pontos altos do filme são as brigas incríveis entre (Jason Statham x Dwayne Johnson, Michelle Rodriguez x Ronda Rousey, Paul Walker x Tony Jaa...).


  Há muita sequência de cenas absurdas, os carros estão voando mais do que correndo no chão, alguns conseguem até passarem por 3 prédios.


  Se for assistir esperando cenas de perseguições e explosões não irá se decepcionar. Se procurar por um roteiro bom e diferenciado vai ficar só na vontade.


   Tyrese Gibson e Ludacris cumprem o papel de alívio cômico. E o elenco está em boa sintonia.


  No final vai ser difícil não se emocionar com a homenagem à Paul Walker. O jogo de câmera esconde bem o rosto do ator, e é imperceptível a utilização de outro ator ou de efeitos visuais.


  Vin Diesel deixa claro que "chegou a hora do desafio final", mas teremos novos Velozes & Furiosos agora é só esperar e ver oque faram em relação ao personagem de Paul Walker.

Cinderela




  Uma garota que após perder os seus pais fica aos cuidados da sua cruel madrasta e suas horríveis filhas e que, certo dia, encontra um príncipe charmoso e vai a um baile real (para revê-lo e dançar com ele) numa carruagem criada a partir de uma abóbora por sua fada madrinha e que, na correria para ir embora antes do feitiço terminar acaba deixando um de seus sapatinhos de cristal cair, nada na história da “Cinderela” é mais novidade. 


  O diretor Kenneth Branagh acertou em cheio na escolha dos atores, Cate Blanchett convence como uma madrasta má, Helena Bonham Carter que narra a história aparece pouco, mas rouba a cena como a fada madrinha, Lily James etá maravilhosa como uma donzela inocente e amorosa mas está longe de ser boba e chata, ela te passa os seus sentimentos através da tela: felicidade, emoção, tristeza e raiva. Tudo sem exageros.


  O que prevalece no filme são as cores, que estão tão vivas ao ponto de parecerem um personagem, a fotografia nos dar um ar maravilhoso de fábula e a trilha sonora acompanha esse ritmo. Os momentos de efeitos especiais são dosados na medida certa.


  E sem falar das cenas em que Cinderela aparece com o seu vestido azul, são de encher os olhos e vão te arrepiar dos pés a cabeça. 


 O que deixa a desejar é o mesmo subtexto conservador de anos atrás. Seja submissa e inferior, e talvez um homem belo e rico se interesse por você. A Disney poderia atualizar esse texto por algo mais feminista como fez em Frozen – Uma Aventura Congelante.


  Mas Cinderela manteve a tradição dos filmes de antigamente, um ritmo calmo, sem muitas cenas de ação e sem o uso exagerado da tecnologia. Cinderela mostra que uma história simples pode funcionar sem pirotecnia. E a Disney aposta apenas em um conto fabuloso e clássico.

sábado, 11 de abril de 2015

O maravilhoso agora


Nos primeiros minutos do filme ele mostra como Sutter Keely (Miles Teller) é bem diferente da Aimee Finicky (Shailene Woodley). Ele tem uma vida regrada a álcool, festas, namoradas e não parece muito preocupado com seu futuro. Ela é uma garota discreta que nunca teve experiências com namorados ou bebidas alcoólicas.


 Mas os dois passam por momento decisivos em suas vidas, o momento de transição da juventude para a vida adulta. O roteiro adaptado do livro homônimo de Tim Tharp, pela dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber é comum, mas oque surpreende no filme é por ele não cair nos clichês de filmes adolescentes.


Os jovens não são estereotipados, a garota bonita não é nem um pouco metida e arrogante, os nerds não são esquisitos e os populares não são mesquinhos insuportáveis.


Mesmo que o casal jovem viva em um estado lúdico e juvenil, o longa mostra um ar bem mais realista principalmente pelas situações que eles passam, no qual qualquer jovem irá se identificar.


  Tudo funciona no filme os atores tem química e são ótimos, a fotografia realista e a trilha sonora leve e dramática fazem tudo ficar ainda melhor.


 O maravilhoso agora é um filme delicioso de se ver, nele temos humor e melancolia andando de mãos dadas, a mensagem que o filme quer passar funciona. Ele mostra que o "agora" tem de mudar, por mais espetacular que ele possa parecer, para dar lugar à um incerto futuro.




Cinquenta Tons de Cinza



   Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma estudante de literatura de 21 anos, recatada e virgem. Christian Grey (Jamie Dornan) um magnata, podre de rico, discreto e com um corpo escultural.    Nasce uma complexa relação entre ambos ela que nem começou uma vida sexual e ele adepito do Sadismo e Masoquismo.


  O filme é baseado na obra da escritora E. L. James, adaptado pela diretora Sam Taylor-Johnson. A atuação de Dakota Johnson só não é pior que a de Jamie Dornan que mais parece um robô sem expressão alguma, os diálogos que eram para serem "fodas" parecem tirados de um filme pornô de quinta, a fotografia e a trilha sonora são as únicas que cumprem seu papel e conversam com oque o filme quer passar.


  Ele era pra ser o homem dos sonhos de todas as mulheres e acaba se tornando um machista que qualquer mulher que se prese não quer nem como amigo, ela era pra ser uma donzela inocente mas está mais pra uma mulher submissa e muito chata.


  Nada parece funcionar, as piadas que intuitivamente eram para que o público se divertisse nos faz apenas esboçar um sorrisinho no canto do rosto, as cenas de sexo que deveriam chocar e excitar lembram apenas cenas de sexo normais que você ver em qualquer filme do gênero.


  O roteiro não tem nada de mais, é 2h5min de filme pra saber se ela vai se entregar ou não pra ele (mesmo ela já tendo se entregado inúmeras vezes ao longo do filme).


  Se você for assistir o longa apenas por ser fã do livro não irá achar nada surpreendente, se for na esperança de ver um filme atraente, revolucionário e marcante vai se decepcionar e muito.

                                           
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Boyhood - Da Infância à Juventude


 O filme foi rodado durante 12 anos, só isso já gera uma curiosidade no público. Mas não é só essa forma inusitada de fazer cinema que faz com que boyhood seja um ótimo filme. 


  O longa conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tentam criar seus filhos Mason (Ellar Coltrane) e Samantha (Lorelei Linklater). A história percorre a vida do menino da infância à juventude, vemos o seu amadurecimento e de todos a sua volta, este processo acontece não só narrativamente, mas também fisicamente.  


  Richard Linklater teve a sorte de escalar atores mirins que cumpriram com oque se pedia o roteiro, Ellar Coltrane sabe que precisa ser um protagonista marcante e real e faz isso de maneira simples.


  O roteiro do filme é simplesmente "a vida", não importa quem ou de onde você seja vai se identificar com alguma parte da vida de Mason, que mostra situações comuns da vida de qualquer adolescente que esteja crescendo.


  A fotografia  é quase que naturalista e a trilha sonora mostra músicas que geralmente já escultamos em algum momento, que vão de Paul McCartney até Lady GaGa.


O diretor pensou muito bem em cada detalhe do filme tem alguns pontos onde a  trama talvez peque um pouco ao criar situações repetitivas demais na vida amorosa da mãe, mas existe algo mais humano do que repetir erros na vida romântica? 


  Um filme simples que mostra coisas naturais da vida, e momentos comuns e belos como uma mãe que faz de tudo pelos filhos que até se esquece dela mesma, de um pai ausente mas totalmente amoroso, e assim as 3 horas de filme parecem passar tão rápido como o crescimento de Mason. Você vai se sentir parte da família ao ponto de quando chegar ao final querer saber mais sobre os rumos de cada personagem. Boyhood não é apenas um filme mais sim uma obra-prima que nos mostra a vida verdadeiramente como ela é. 



Garota Exemplar


  O filme é a adaptação do livro homônimo de Gillian Flynn, que também assume o papel de roteirista, nele conta a história de Nick (Ben Aflleck) e Amy Dunne (Rosamund Pike), um casal que tinha tudo para ter uma história de amor sexy e feliz mas acabam em um casamento repleto de crises, ele o marido frio e ela a mulher controladora.


  Tudo começa quando no dia em que comemoram o aniversário de casamento, Nick retorna para casa e encontrar o lugar revirado. Ele não consegue encontrar a esposa e logo chama a polícia. A partir daí, temos uma verdadeira comoção local, com direito a coletiva de imprensa, central de voluntários e tudo mais. Eles lutam para encontrar Amy, mas ao mesmo tempo Nick se sente desconfortável naquele ambiente. Com o tempo, a forma como ele age e novas evidências fazem com que ele se torne o principal suspeito pelo crime.


  Não dá para entrar em maiores detalhes sem estragar a história, que é repleta de reviravoltas. David Fincher realiza mais um trabalho maravilhoso de direção. A montagem de Kirk Baxter é primorosa. A forma como a história vai sendo contada, mesclando cenas atuais,  flashbacks e sequências que são fruto da imaginação, é extraordinária.


  A fotografia sombria casa perfeitamente com a trilha sonora e com a própria história, Ben Aflleck faz uma interpretação marcante, mas quem rouba a cena é Rosamund Pike com seu melhor papel, interpretando uma garota realmente exemplar. Ela age como uma camaleoa que se adéqua ao momento que sua personagem necessita, quando precisa ser sexy, amorosa, louca e ameaçadora.


  A trama é aquela que você vai se surpreender a cada cena e gostar e desgostar de algum personagem facilmente, o final é aquele no qual te gera uma revolta e que vai te fazer se envolver com o filme mesmo depois de ter terminado.

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