Martin Scorsese nos mostra a loucura e a crueldade humana em Ilha do medo.
Leonardo DiCaprio vive o perturbado detetive da polícia federal Teddy Daniels, enviado para a “Shutter Island”, a ilha que dá título ao filme, onde funciona um estranhíssimo presídio para sociopatas, um manicômio de segurança máxima. Junto com seu parceiro Chuck (Mark Ruffalo), vai para o isolado lugar a fim de desvendar o mistério do desaparecimento de uma assassina perigosa, acusada de matar os próprios filhos. Lembranças da vida passada do detetive virão à tona, e este é apenas o ponto de partida de uma trama complexa e instigante.
A história muda constantemente, as dúvidas surgem ao longo do caminho, nós seguimos uma resposta, depois embarcamos em outra, descobrimos que a primeira estava errada, aí surge uma virada que trás um novo entendimento e dai pensamos que resolvemos o mistério, é quando damos de cara com o final que desconstrói tudo que pensamos e nos da um desfecho que fica na cabeça por um longo tempo.
Temos boas cenas assustadoras, são poucas mas cumprem o trabalho de deixar o filme um pouco mais tenso. DiCaprio está ótimo como sempre, Mark Ruffalo faz boa atuação. Ben Kingsley e Max Von Sydow são soberanos como "vilões". A fotografia mescla entre escura para momentos dentro da ilha e clara para flashes do passado de Teddy.
Ilha do medo é um um thriller psicológico assombroso daqueles que mexe com sua mente, nada está claro do que a de errado na ilha ou com Teddy. Não é o melhor filme de Scorsese, mas não deixa a desejar. A trama nos dá uma dose da loucura e nos mostra como o sonho é o único jeito de se proteger do mundo real.





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