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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros


   Não deve ser fácil para nenhum filme ser sequência de uma obra-prima como Jurassic Park - Parque dos Dinossauros de 1993, e toda a história do cinema já serve para provar isso. 


Logo no início de O Mundo dos Dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) administradora do parque, relembra que lá se vão duas décadas desde a “desextinção” dos dinossauros (o que bate com a idade do primeiro filme), para afirmar que, nos últimos anos, a tecnologia evoluiu um tanto (o que bate com a realidade técnica cinematográfica). E afirmando que  as pessoas não se impressionam mais por dinossauros e o parque precisa de algo novo e maior para continuar atraindo público; assim como o cinema e suas continuações. 


Passado tanto tempo, o parque, finalmente, é reaberto ao público. O menino Gray (Ty Simpkins), que saca tudo de dinossauros, e seu irmão pré-adolescente Zach (Nick Robinson) viajam para ilha. 


Lá trabalha também Owen (Chris Pratt), que conseguiu significativos avanços na domesticação dos velociraptors, alvo dos interesses militares de Hoskins (Vincent D'Onofrio). Todo esse mundo vai se chocar quando a Indominus Rex, o dinossauro equivalente ao T-Rex lá de trás, só que criado em laboratório, escapa.


O elenco é competente, mas sofrem muito com seus personagens estereotipados. A criança inteligente demais, o adolescente mal humorado, o adulto infantiloide, o vilão mal por razões da vida e por ai vai...


  Enquanto Jurassic Park é um filme com uma história fantástica, embrulhados por efeitos visuais espetaculares, Jurassic World é um filme com uma história vazia disfarçados por efeitos visuais fantásticos.


 Deixando uma óbvia ponta para sequências, não tem o mesmo requinte que o original, mas ao ser extremamente divertido e dialogar tão bem com sua geração, este Jurassic World traz a franquia de volta à evidência e os holofotes para animais que tinham sido extintos mais uma vez. Uma produção, genuinamente, como os estúdios gostam de tachar, para todos os gostos e idades (embora com um nível de violência realmente assustador).


Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível


Casey Newton (Britt Robertson) é uma adolescente com enorme curiosidade pela ciência. Um dia, ela encontra um pequeno broche que permite que se transporte automaticamente para uma realidade paralela chamada Tomorrowland, repleta de invenções futuristas visando o bem da humanidade. Ela logo busca um meio de chegar ao lugar e, no caminho, conta com a ajuda da misteriosa Athena (Raffey Cassidy) e de Frank Walker (George Clooney), que esteve em Tomorrowland quando garoto mas hoje leva uma vida amargurada. 


  A maior parte do filme é feito realmente em mostra mais o caminho até
Tomorrowland e não a chegada, pra mim um dos pontos negativos do filme, porque falar de um mundo perfeito e nem mostrá-lo tanto assim? 


  A direção feita por Brad Bird é boa, ele nos mostra um conceito visual de Tomorrowland muito lindo.


  O longa quer ressaltar a esperança, o bem vencendo o mal, que há meios de consertar o planeta. Casey Newton (Britt Robertson) a adolescente que acredita que tudo é possível e Frank Walker (George Clooney), um adulto, que perdeu a esperança após muito sofrer. A mensagem de que os jovens podem mudar o mundo e ressuscitar valores enterrados é explícita.


Tomorrowland é um filme bastante problemático pelas questões que aborda, é um pouco bagunçado, a momentos que algumas coisas saem do contexto. Principalmente na cena final, que vira uma mera mensagem otimista sobre o futuro da humanidade.



domingo, 7 de junho de 2015

POLTERGEIST: O FENÔMENO (2015)


Pegue o filme Poltergeist de 1982, adicione tecnologia e várias cenas de sustos, pronto temos Poltergeist 2015. Na trama acompanhamos Eric Bowen (Sam Rockwell) que sem emprego tenta dar uma nova vida para sua mulher Amy Bowen (Rosemarie DeWitt) e seus três filhos. Assim a família Bowen se mudam para uma nova casa, que mais tarde eles descobrem que foi construída em cima de um antigo cemitério. As crianças são as primeiras a descobrirem que a casa está amaldiçoada, sendo assim os pais precisarão reunir forças para combater essas aparições.


Depois de trinta minutos sugerindo a aparição de fenômenos assustadores, o roteiro apresenta todas essas cenas de uma vez só. Dentro da casa, cada um dos três filhos é atingido por uma grande manifestação sobrenatural, retratada em montagem paralela. Infelizmente, esta escolha enfraquece as cenas que não possuem a força ou o tempo necessário para se desenvolver. Quando o espectador começa a temer por uma das crianças, a imagem corta para mostrar o sofrimento da outra.


 O filme explora a aparição de demônios, brinquedos possuídos e gosmas no chão. Todas as cenas de sustos são previsíveis, enquanto o clássico de Tobe Hooper deixava o público imaginar como eram as trevas, no novo Poltergeist o inferno é espremido na tela de um tablet.


  O qual é uma espécie de pântano com caveiras e almas em sofrimento, feito por efeitos visuais nos quais parecem mais video game do que um filme de terror. O tablet é transformado em única arma para a família rever a amada filha, da a impressão de que os próprios atores estão assistindo ao filme, so faltou a pipoca na mão.


Destaque para a atuação das crianças Griffin Bowen (Kyle Catlett) e Madison Bowen (Kennedi Clements), a fotografia também não deixa a desejar, e para a cena da furadeira a qual foi a única que me deu aflição.


  Poltergeist – O Fenômeno perde sua força rumo ao final, tentando encerrar a história com uma cena gigantesca, desproporcional em relação ao resto da narrativa.  
A falta de tenção é um dos grandes problemas do filme, ele mostra demais e não nos da a curiosidade sobre a história, oque é fundamental para um bom filme de terror.